7 de março de 2010

Trilogia Millenium

Mesmo não sendo adepto às trilogias ou às histórias que se alongam pegando carona no sucesso da primeira, me vejo aqui escrevendo sobre essa trilogia que na minha opinião é uma das melhores e mais bem escritas dos últimos anos. Eu não conhecia o escritor, comprei o primeiro livro como quem compra tomates na feira, estava numa livraria lendo várias sinópses procurando alguma que me chamasse atenção, quando conheci o primeiro livro da série e me interessei muito.
"Os homens que não amavam as mulheres" é um enigma a portas fechadas - passa-se na vizinhança de Hedestad, Suécia. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada - o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Henrik está convencido de que ela foi assassinada e que um familiar a matou. Pra ajudá lo a desvendar esse mistério Henrik contrata Mikael Blomkvist que acaba tambem contratando Lisbeth Salander, a dupla começa então uma investigação que acaba colocando eles nas mãos do assassino de Hariet. Stieg Larsson recebeu o prémio de o Melhor Romance Criminal da Academia Sueca de Ficção Criminal, em 2006, pelo livro.

No segundo livro, "A Menina Que Brincava com fogo", Lisbeth parece uma garota frágil, mas é uma mulher determinada, ardilosa, perita tanto nas artimanhas da ciberpirataria quanto nas táticas do pugilismo. Mikael Blomkvist pode parecer apenas um jornalista em busca de um furo, mas no fundo é um investigador obstinado em desenterrar os crimes obscuros da sociedade sueca, sejam os cometidos por repórteres sensacionalistas, sejam os praticados por magistrados corruptos ou ainda aqueles perpetrados por lobos em pele de cordeiro. Um destes, o tutor de Lisbeth, foi morto a tiros. Na mesma noite, contudo, dois cordeiros também foram assassinados - um jornalista e uma criminologista que estavam prestes a denunciar uma rede de tráfico de mulheres. A arma usada nos crimes não só foi a mesma como nela foram encontradas as impressões digitais de Lisbeth Salander, sua amiga. Procurada por triplo homicídio, a moça desaparece. Mikael sabe que ela apenas está esperando o momento certo para provar que não é culpada e fazer justiça a seu modo. Mas ele também sabe que precisa encontrá-la o mais rapidamente possível, pois mesmo uma jovem tão talentosa pode deparar-se com inimigos muito mais formidáveis, e que, se a polícia ou os bandidos a acharem primeiro, o resultado pode ser funesto, para ambos os lados.

Já no terceiro livro da série, "A Rainha do Castelo de AR", (odeio esse titulo), grande parte dos segredos é desvendada. Lisbeth Salander agora conta com excelentes aliados. O principal é Mikael Blomkvist, jornalista investigativo que já solucionou crimes escabrosos. No mesmo 'front', estão ainda Annika Giannini, irmã de Mikael, advogada especializada em defender mulheres vítimas de violência, e o inspetor Jan Bublanski, que segue sua própria linha investigativa, na contramão da promotoria. 'A rainha do castelo de ar' enfoca as mazelas da sociedade - da ciranda financeira ao tráfico de mulheres. Se você gosta de histórias complexas e bem amarradas, sugiro a leitura da série inteira, são livros muito bem escritos com um suspense muito raro nos livros de hoje. Série Millenium de Stieg Larsson, aproveitem.

Até o próximo post!

Willy Barcellos

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