6 de maio de 2011

Reencontrando a Felicidade


A perda ja foi um tema várias vezes retratado no cinema, e bastante premiado também. O que me faz lembrar do oscarizado Gente Como a Gente, dirigido pelo astro Robert Redford, onde tratava de uma família que perdera um filho, focando-se num jovem tentando superar a perda do irmão. Este Reencontrando a Felicidade (título brasileiro horrível, que nada tem haver com a essência do filme) aborda também a perda, neste caso, do unico filho de um casal, interpretado por Nicole Kidman e Aaron Eckhart.

Reencontrando a felicidade consegue se sair como um trabalho impar. Primeiro porque ao em vez de ir para o dramalhão e o pieguismo que costumam impregnar o gênero opta por caminhar num drama delicado, por vezes até cômico, sem excessos, onde o olhar dos personagens exprimem bem mais do que um amontoado de palavras e fundos musicais sentimentalistas. Nicole Kidman esta soberba em sua atuação. Seu olhar nos leva a interpretar sem maiores esforços aquilo que pode estar se passando na alma de sua personagem diante do fato de que nunca mais poderá ver seu filho. Ela mereceu todas as importantes indicações por seu desempenho, mesmo que tenha perdido todos eles pela excepcional atuação de Natalie Portman em Cisne Negro. Aaron Eckhart, fazendo o o marido que "tenta" segurar as pontas, atua de forma brilhante também. Mas ao patamar de Kidman fica por conta a interpretação de Dianne Wiest, fazendo o papel da mãe dela, que também sofrera uma inestimável perda. Uma cena em particular em que Kidman e Wiest dialogam sobre os efeitos da perda é de arrasar o coração de nós espectadores.


Direção competente de John Cameron Mitchell, que soube acertar ao evitar caminhos típicos, somada a escolha perfeita de elenco, e mais ainda, a um roteiro tão enxuto, fazem de Reencontrando a Felicidade um trabalho que merece nossa conferida. Em cartaz nos cinemas a partir dessa sexta. Fica a dica!

Marcus Lyra

8 de abril de 2011

Contracorrente


Depois que O Segredo de Brokeback Mountain teve ótimo desempenho de crítica e púplico internacionalmente em 2005, vários filmes com temática gay passaram a ser produzidos, conqusitando cada vez mais espaço na sétima arte. Até mesmo o hollywoodyano Jim Carrey encontrou um par do mesmo sexo na telona ano passado com o ótimo O Golpista do Ano. Com toda essa abertura comercial conquistado, seria evidente surgir produções que tocassem no tema utilizando-se de clichês. O brasileiro Do Começo ao Fim, com Rafael Cardoso e João Gabriel Vasconcellos, parecia mais um conto de fadas gay do que um filme que deva ser levado a sério como propunha o longa. Logo, esse tema que até pouco tempo era discutido de forma original, verossímel, começou a trilhar para o pieguismo e clichêsismo comercial. Felizmente, Contracorrente (Contracorriente no original) é o oposto disso.


Tendo como cenário uma pequena vila de pescadores, Contracorrente conta a historia do pescador Miguel (Cristian Mercado), casado com Mariela (Tatiana Astengo), que vive um romance conflituoso com o artista plástico Santiago (Manolo Cardona). Com tal enredo, o peruano Javier Fuentes-León constrói uma história poética, inusitada e sensivelmente original. Os personagens são compostos sem caricaturas, são pessoas comuns, com dramas comuns e um "incomum" para abalar os alicerces do vilarejo.


A relação entre Miguel e Santiago soa tão natural, embalada por belas paisagens, com ótimas interpretações e um roteiro que caminha com tranquilidade em seus 100 minutos. Contracorrente é uma boa amostra de que ha cinema bom em outras partes do mundo. Este aqui é vizinho nosso! Filmado no Peru, a produção recebeu aplausos da crítica internacional, tendo uma ótima carreira. Aliás, a América do Sul tem feito bonito no cinema. Ainda por estrear, o suspense uruguaiano La Casa Muda dá um show de tensão sobre um caso verídico.


Contracorrente entrou esta sexta em cartaz. Recomendo! é um programão! Marcus Lyra

2 de abril de 2011

Heróis de 2011!

Todo ano, uma penca de filmes adaptados de gibis são lançados como verdadeiros blockbusters. Em 2011 não será diferente. Começando já por este mês teremos o deus do trovão Thor, com o australiano Chris Hemsworth encarnando o herói da Marvel. Juntando-se ao elenco temos Anthony Hopkins e a mais nova oscarizada Natalie Portman. Thor tem sua estréia esta marcada para 29 de abril, uma semana antes da estréia nos EUA. Em maio, teremos um um thriller de ficção científica pós-apocalíptico, baseado em quadrinhos, trazendo Paul Bettany como um lendário guerreiro Padre que desde a última guerra vive na obscuridade junto com outros humanos oprimidos em cidades cercadas por paredes e governada pela igreja. O trailer nos mostra um visual dark bastante interessante. O longa chama-se Padre, e sua estréia acontece em 13 de maio.

Já no início de junho temos a volta de uma turma que já fez história no cinema com uma das adaptações mais rentáveis e elogiadas de hollywood. Estou falando da turma do professor Charles Xavier. Só que os famosos mutantantes retornam numa prequel, onde será mostrada o início da amizade entre o professor X e Erik, quando terão de se unir juntamente com novatos mutantes para lutar contra eventos a níveis globais. X-Men: Primeira Classe poderá vir a se tornar uma nova franquia, assim como a trilogia anterior, caso de certo. Tomara que sim! Primeira classe estréia dia 03 de Junho.



O Capitão América parece que finalmente irá ganhar uma adaptação à altura de sua fama em Capitão América - O Primeiro Vingador. A Paramount vem mostrando em fotos e vídeos que tem tratado o herói com o devido respeito que os fãs do quadrinho tanto desejam. Um saradão bombadão Chris Evans aceitou o desafio, como ele mesmo disse em entrevistas, de dar vida ao herói. Só espero que o longa não seja tão patriótico como o nome do personagem sugere. Já estou saturado daquelas superproduções que levantam a bandeira dos EUA como se fossem a melhor nação do mundo! Em cartaz a partír de 29 de Julho. Aguardemos!


Um poderoso anel cai nas mão de Ryan Reynolds tranformando-o em ninguém menos que Lanterna Verde! Não sendo um herói tão poupular, Lanterna Verde é a nova aposta da Warner. Assim como aconteceu com Homem de Ferro, que também não era tão popular e acabou virando uma franquia milionária, pode acontecer com este também. Sua estréia acontece em 19 de Agosto. Bom, fica aí algumas dicas pra gente que curti bastante cinema-entretenimento! Dessas adaptações é possível (ou até provável) que algumas decepcionem, mas espero que delas suja aquela que vai nos surpreender e fazer valer a ida ao cinema.

Marcus Lyra