10 de abril de 2010

DVD Os Fantasmas de Scrooge

Lançamento em DVD, a nova animação Disney é uma boa dica para entreter. Dirigido pelo visionário Robert Zemeckis (Forrest Gump, O Expresso Polar) e com ninguém menos que Jim Carrey emprestando voz e "cara", esta animação de tecnologia digital (lançado em 3D nos cinemas), é um show visual e, pricipalmente, de conteúdo também.

Passado desapercebido nas telas brasileiras no final de 2009, Os Fantasmas de Scrooge (A Christmas Carol, da clássica obra literária de Charles Dickens) também teve recepção morna por parte do público nos EUA. A superprodução de 200 milhões de dólares (número impressionante para uma animação) não conseguiu nem se pagar em solo americano. Injustiça? sim e não. Vamos em parte.

O longa conta a estória de Ebenezer Scrooge, um velho ranzinza e extremamente sovina que, na noite anterior ao natal, é visitado por três espíritos que mostrarão, ou tentarão mostrar, o caminho da redenção para Scrooge, levando-o a inusitadas situações, ao passado, ao presente é até mesmo ao seu futuro. Com Carrey emprestando sua voz (ao Scrooge e aos fantasmas do título) e seu rosto ao protagonista, e com a perfeição técnica digital utilizada no filme o desenho tinha todos os ingredientes para ser tansformar num sucesso, mas por ser um desenho, Os Fantasmas é sério demais. Não entrando em contradição quando disse ser o filme uma boa dica, porém, se tratando do público infantil, a animação peca. Abrindo com uma cena que já impressionaria um pequeno, o filme recebeu censura, com imagens que até mesmo assustam, sem contar com os momentos de reflexão do personagem, de divagação, coisas que geralmente só ocorrem em "filme de gente grande". Outro fator é a ausência de "personagens fofinhos" como um simpático cachorro, um burrinho engraçado, elementos típicos do gênero. Daí vem os motivos da rejeição da massa. Agora, quanto ao conteúdo, para nós "grandinhos", tais fatores não diminuem em nada a boa experiência que a obra proporciona.

O longa é tão bom, tão bem realizado que os personagens soam bem real (a produção não foi cara à toa). Sua mensagem natalina não se limita apenas a data comemorativa, fazendo sentido assistir mesmo que estejamos tão distantes do natal. Há momentos em que, se as lágrimas não rolam, ao menos, sentimos elas à ponto de rolarem. Destaco aqui a cena em que o velho Scrooge tem contato com o seu passado, comovente. Ainda que usando de clichês existe algo de original na obra que, longe de pregar presentes e papai noel, traz em sua essência o verdeiro sentido da festividade: família, amizade, amor.

Como diz meu amigo, "na boa", dou 3 e 1/2 estrelas! Fica a dica!

Marcus Lyra

Um comentário:

  1. Na boa, adorei!!! Uma homenagem, que chique, assim fico emocionado, viu, rs
    Olha, que post inspirado... Fiquei super instigado pra conferir tudo que vc escreveu aqui...
    Assim que assistir volto aqui pra comentar denovo...
    Congratulations!

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