6 de abril de 2010

Chico Xavier

Olá!!! E ai tudo na mais perfeita ordem? Espero que sim! É com grande satisfação que trago hoje pra nossa conversa o filme brasileiro que conta com a direção de Daniel Filho, baseado no livro de Marcel Souto Maior (As vidas de Chico Xavier), que recebe o nome do maior médium do país, para o nosso deleite "Chico Xavier", que traz sua história contada atravéz de uma participação no extinto programa de TV "Pinga Fogo", a partir dele é desenhada sua infância, juventude e a chegada a fase adulta, mostrando de forma clara o preconceito que ele enfrentou desde de criança dentro de sua própria casa, os interesses que sua mediunidade levantou, sua inocência, bondade, enfim, a vida deste ILUMINADO.

Vamos iniciar os trabalhos, quero antes de tudo dizer que é um filme pra quem tem fé, e mesmo os mais céticos irão se envolver, e com certeza sairão tocados. Vá ao cinema preparado pra ter uma lição de vida, um exemplo de doação, fé, resignação, um escolhido, e mesmo diferente dos outros seguiu seu caminho, com auxílio de seu guia espiritual Emanuel, foi um homem puro, que não enveredou pelos caminhos dos prazeres da carne, destaco a cena na qual seu pai (Luiz Mello) o leva a um bordel, quando pensamos que ele vai ceder aos encantos da prostituta, que nada, todos ajoelham na sala e levantam uma oração, em plena casa da luz vermelha, só ele mesmo. Outra passagem interessante é a relação dele para com o Padre (Pedro Paulo) que não lhe nega sua benção, mesmo sabendo que seu caminho era longe dos templos católicos, após sua morte,com a chegada de outro Padre (Cassio Gabus Mendes) que vai ser uma pedra em seu sapato, podemos observar que certas atitudes não são da religião e sim do homem que a comanda.

Quero aqui ressaltar algumas interpretações, mas, vamos por partes, Chico Xavier em três momentos, com Matheus Costa (infância), Angelo Antônio (juventude), Nelson Xavier (fase adulta) não posso apontar qual dos três foi melhor, mas posso dizer com tranquilidade que suas atuações são primorosas. Destaco também o trabalho de três atrizes Christiane Torloni, Letícia Sabatela e Geovana Antonelli, responsáveis talvez pelas cenas de maior carga dramática, Christiane protagoniza uma cena sem nenhuma fala, apenas com expressão, uma crise de choro, simplesmente dá um show, fascinante a leveza de Letícia na pele da mãe Chico e Geovana que foi a madrasta dá conta do recado.

Aproveito também o espaço e deixo uma observação, o filme realmente é muito bom por dois fatores, a vida de Chico que dispensa comentários e o elenco que faz a diferança, mas na boa, que me desculpe os fãs do cinema nacional, mas quando é que vamos parar de fazer filmes com cara de novelas? Os diálogos típicos de telenovela, a fotografia, muita trilha sonora, enfim, é algo a ser pensado, talvez com a necessidade de ser comercialmente ínteressante os produtores quiseram deixá-lo próximo do grande público, já que o tema ainda não é bem recebido por todos...

Enfim, é bom quando pegamos uma boa sessão e o filme nos faz sair com a alma levinha, e é isso que aconteceu ontem, tenho que compartilhar um fato ocorrido durante o filme, me ocorreu por duas vezes, lágrimas que caiam sem que pudesse controlar, do nada, não conseguia me conter, bem estranho... Por isso tudo aqui apresentado, classifico com 4 estrelas, embora não seja uma obra prima, mas vale pela por tudo que foi, e continua sendo, o nosso querido Chico.
Só pra registrar: há uma passagem no filme que Chico fala que seu guia espiritual Emanuel que lhe confidenciou que ele só morreria quando o povo brasileiro estivesse feliz, Chico morre 10 horas após o Brasil se consagrar Pentacampeão, e de fato o povo estava muito feliz, essa cena foi de arrepiar!!!

Fica ae a dica, até nosso próximo encontro!

Wagner Robert

Um comentário:

  1. Matéria perfeita! ,e deixou ainda mais curioso de assistí-lo! O quadro geral que vc deu das interpretações à produção num todo ficou perfeito!

    DEZ para o seu comentário a respeito dos filmes brasileiros virem com cara de novela. É a mais pura verdade e o principal motivo do porquê eu evitar ver filmes nacionais no cinema.

    Meus parabéns pela exelente matéria!

    6 de abril de 2010 15:23

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