3 de outubro de 2010

Ondine

Olá, e ai tudo na mais perfeita? Espero que sim! Hoje tenho a satisfação de trazer pra nossa conversa um filme simplesmente encantador, que está sendo apresentado ao Brasil através do Festival de Cinema do Rio, com vocês "Ondine".

Na trama temos Syracuse (Colin Farrel) um pescador cuja vida se transforma quando ele encontra uma mulher linda e misteriosa (Alicja
Bachleda) em sua rede de pesca. Sua filha Annie (Alison Barry) passa a acreditar que a mulher é uma criatura mágica, uma sereia.

Esse é o ponta pé inicial deste belíssimo filme, com linda fotografia, trilha sonora agradavel, uma direção acertadíssima, feita pelo experiente, conceituado e oscarizado, diretor e roteirista Neil Jordan (Entrevista com o Vampiro),
não me surpreenderia ver Ondine na lista dos indicados ao Oscar em 2011, pelo menos em roteiro.
Esta obra poderia parecer meio enfadonha, por ter muitas tomadas de imagens do mar, por ser um romance, mas ai é que está o dferencial, as tramas costuradas agregam emoção à medida que o filme vai se desenvolvendo, como a dificíl relação de Syracuse com sua ex-esposa, sua filha Anny, uma menina fragilizada por ter problemas renais, mostrando as nuances da dor, sofrimento fazendo hemodiálise, na tent
ativa de amenizar, seu pai sempre conta histórias para a filha, criando todo um ambiente favorável a fábula paralela que está sendo criada em torno da chegada desta mulher retirada do mar, que por consequência criará a Lenda das Sereias.

Quero destacar a maneira magistral
como é desenvolvida a história de Ondine (Alicja
Bachleda - uma bela mulher e boa atriz, iniciante e podemos esperar boas surpresas vindas desta moça), nos trazendo o que podemos dizer de mais moderno em histórias e lendas de sereias, com seu canto, com sua beleza, enfim, todo seu encantamento que é transportado da tela para nosso imaginário, fugindo de clichês, nos faz embarcar literalmente e torcer para que ela consiga, em terra ficar com seu grande amor, esta é a parte do romence da trama.

Preciso falar de Colin, bom, dias atrás fiz uma dura crítica a sua atuação em "Testemunhas de uma guerra", que ainda considero justa, mas nada como um dia após o outro, e pra minha grata
surpresa neste ele está bem melhor, parece consciente do que está fazendo, sem se preocupar com seu cabelo, e sim com a atuação de seu personagem, um pescador, alcoólatra e desmoralizado na cidade. Fica a impressão de que as vezes podemos errar e escolher papéis equivocados, não querendo me estender, mas já me estendendo, o mesmo aconteceu com Cameron Diaz quando escalada pra "Uma prova de amor", um drama lindo, meio que estragado, por ela ser uma atriz limitada, boa em comédias românticas, mas nada eficiente quando se exige mais. Valeu Farrell, sigo de olho em você.

"Ondine" é uma grata surpresa, um filme daqueles que te fazem sair levinho do cinema, o que poderia ser apenas um filme no estilo "Splash, uma sereia em minha vida", supera, injeta uma boa carga de romance e drama e ainda nos faz refletir sobre as lendas e o nosso imaginário, que acredita no que queremos crer. Classifico com 4 estrelas. Ps.: sua estréia no Brasil já foi cancelada umas três vezes, informações dão conta de que só chegará em outubro, será que estão segurando para que possa ser lembrado no Oscar? Tem grandes chances.

Fica ae a dica, até nosso próximo post!

Wagner Robert

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