15 de outubro de 2010

Comer Rezar Amar

É com muita satisfação que trago pra nosso papo, o que não posso considerar como comédia romântica e sim um romance com as sutilezas de humor que nossa vida pode ter, para nosso deleite "Comer Rezar Amar". Liz Gilbert (Júlia Roberts) tinha tudo o que uma mulher moderna deve sonhar em ter um marido, uma casa, uma carreira bem-sucedida ainda sim, como muitas outras pessoas, ela está perdida, confusa e em busca do que ela realmente deseja na vida. Recentemente divorciada e num momento decisivo, embarcando em uma jornada ao redor do mundo que se transforma em uma busca por auto-conhecimento.

Pensei muito como começaria este post, resolvi iniciar dizendo: "Ela continua sendo uma linda mulher", estou me referindo a Júlia Roberts e não poderia ser diferente, ela empresta todo seu charme, beleza, carisma e maturidade pra dar vida a protagonista, a escritora Liz Gilbert, fiquei com muito receio de Júlia não dar conta do recado, pois o filme é baseado no livro da própria Liz, que funciona quase que como um diário de suas experiências, e geralmente adaptações literárias não ficam a altura de sua referência, mas ai que está o diferencial deste, o filme é correto, se desenvolve com calma, iniciando com uma apresentação simples dos personagens, e na sequencia embarcamos com Júlia, digo, Liz em sua jornada de descobertas!

O que tinha tudo pra ser uma comédia romântica boba, com Júlia se torna um filme forte, ultrapassando o clichê de auto-ajuda, nos fazendo de fato Comer, Rezar e Amar com Liz, a cada cena apresentada, a cada personagem introduzido na trama, cada diálogo, enfim, uma primorosa combinação de Elenco, Roteiro e Direção afinadas, com muita inteligência do Diretor Ryan Murphy, que não teve pressa ao dividir o filme, deixando de lado a preocupação comercial e bancou o filme em 142 minutos, sendo óbvio ao seriar a trama seguindo o título, sem ficar fazendo firulas ou inventando, vai direto ao ponto, e de maneira doce e delicada consegue atingir os corações dos expectadores.

Quero aqui destacar a trilha sonora, que mudava elegantemente a cada cidade visitada por Júlia, além da fotografia mudar, inclusive a cor da imagem tinha o tom alterado, como não citar sua passagem por Roma, ahn, ainda estou com saudades de lá, que vontade de comer aquela massa, de beber aquele vinho, provar aquele azeite, aquela pizza, ai... ai... Na Índia, ao invés do tradicional musical indiano eles optam por uma canção que remete a uma espécie de Rock baladinha com toques sutis da musica indiana, não descaracterizando a cultura, e pra fechar em Bali, musica brasileira, ahh, a música Brasileira, interpretada por Bebel Gilberto, ao fundo toda a beleza da Indonésia, que combinação perfeita, qualquer um ficaria apaixonado nessas condições, ponto alto do filme! Destaque total e absoluto pra Júlia que reina, filmes neste estilo necessitam do carisma de suas protagonistas, quesito que sobra a ela. Desculpe se deixo de citar cenas ou passagens do filme, extremamente difícil enumerar tais fatos, o filme é bom no todo, na Itália, com a cena da ação de graças americana, na Índia quando ela aprende a se esvaziar de si mesma, e em Bali sua integração com a comunidade, essas são marcantes.

Assim, "Comer Rezar Amar", entra com tudo pro hall dos melhores filmes do ano, classifico sem medo de ser feliz com 5 estrelas, e abram alas pra Júlia rumo ao tapete vermelho, e se você quiser se deliciar, viajar, entrar em contato com sua espiritualidade, vá assistir, sabendo que vai sair da sessão levinho(a), querendo amar, e não se preocupe, se não estiver namorando, não sairá baixo astral, sairá com motivação!

Fica ae a dica e até nosso próximo post!

Wagner Robert

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