19 de novembro de 2010

Harry Potter e as Relíquias da Morte. Parte 1

Tendo iniciado sua carreira cinematográfica em 2001, Harry Potter repetiu o fenômeno literário que se tornara também nas salas de cinema. A série, até agora, já soma mais de 5 bilhões de dólares em sua conta, alcançando assim o título de franquia mais bem sucedida. E olha que não veio de Hollywoody não, mas sim de seus compatriotas ingleses. Lembro que a primeira adaptação, dirigida até então pelo duvidoso Chris Columbus, Harry Potter e a Pedra Filosofal, ainda que sucesso de bilheteria, foi mediano. Não foi um filme tão marcante, que viesse a dar fôlego para aqueles que viriam. Por mais que a caprichada produção técnica tivesse dado conta do recado, o 1º da série vinha com uma direção insegura de Columbus, onde notamos que a criadora do bruxo, a autora J.K. Rowling, com mãos de ferro, impediu que a obra criasse seu próprio ambiente na 7ª arte. Tudo foi automático demais, uma adaptação-cópia que até mesmo os fãs reclamaram, que dirá a crítica.

Pois bem. A segunda aventura do bruxinho já foi melhor adaptada. O elenco estava mais a vontade, incluindo o trio principal (Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint). Contudo, Harry só começou a mostrar a força de sua magia enquanto cinema com Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, dirigido com genialidade pelo mexicano Alfonso Cuarón. Logo após veio O Cálice de Fogo, com o inglês Mike Newell no comando. Entretanto, foi o também inglês (e não tanto conhecido) David Yates o responsável pelas adaptações dos livros mais sombrios e maduros da saga. Foi ele também que levou Harry a um patamar mais elevado. De um filme "infanto-juvenil" a uma obra com proporções épicas. Ele soube dimensionar o mundo criado por Rowling, transpondo para o cinema o universo fantástico, denso e misterioso que é a obra. Acertou em cheio em a Ordem da Fênix e levou a franquia ao auge de sua maturidade com o maravilhoso O Enigma do Príncipe. E agora fica também responsável pelo desfecho da história.

Posso dizer que fui desconfiado para conferir Harry Potter e as
Relíquias da Morte Parte 1
justamente por terem dividido o final em dois longas. Pensei de cara: " a Warner quer lucrar de qualquer jeito, até dividindo um volume!". Não vi tal divisão como bom sinal. Mas toda minha má impressão se desvaneceu logo nos primeiros momentos de Relíquias da Morte. De cara percebe-se que Yates preferiu dramatizar mais a lutra entre o bem e o mal, entre Harry o tão temível Voldemort, assim também como preferiu desenvolver o relacionamento entre Harry, Rony e Hermione e os seus conflitos mais íntimos ante a uma terrível e poderosa ameaça. Poderia dizer que esta penúltima aventura é a mais íntima de todas, e sem dúvida a mais sombria. Aqueles que já anseiam pelo grande clímax podem se decepcionar, mas com certeza irá agradar os que desejam assistir a um belo trabalho, sendo tratado com total seriedade para com os fãs e para com aqueles que apenas curtem Harry como cinema como eu. Logo, posso dizer que As Relíquias da Morte Parte 1 é uma ponte, o caminho árduo que nossos heróis têm de trilhar rumo a batalha final. E está perto! Em julho do ano que vem.


Finalizo dizendo que Harry Potter provou com o passar dos anos que, se uma série não começa no tom certo, ela pode vir as nos surpreender. Harry Potter e as Relíquias da Morte é prova disso. É cinema entretenimento de primeira; é magia e fantasia que nos leva a viajar por mundos distantes e estar neles por umas horas e alguns minutos. Comecemos a nos despedir de Harry e sua turma.

Marcus Lyra

Um comentário:

  1. Meu Deus to super impressionado, que post de IMENSA qualidade, sem medo de ser feliz, o melhor post que o nosso blog pode ter, estou impressionado, não sou um entusiasta da franquia Potter, mas vc simplesmente aguçou minha vontade de assistir todas as obras. Parabéns!!!

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