12 de agosto de 2010

Sessão Tripla!

Hoje tenho uma novidade pra compartilhar, esta semana fiz algo diferente, ultrapassei a sessão dupla e atingi a trepadinha, trepei um filme após o outro, e vou compartilhar algumas observações com vocês!

Vamos iniciar os trabalhos com a obra que traz a brasileira Alice Braga (Ensaio Sobre a Cegueira) protagonizando ao lado do oscarizado e ex-magrinho, agora saradinho, Adrien Brody (o Pianista) o remake do filme lançado originalmente em 1987 e protagonizado por Arnold Schwarzenegger, temos aqui o típico filme de ficção científica com grandes doses de suspense e muita aventura. Contando a história de um grupo de pessoas de diversas partes do mundo, sem nenhuma ligação, mas com algo em comum, no planeta de onde vieram são predadores, e de maneira tensa e nebulosa foram retiradas de seu planeta para uma espécie de caçada, com um pequeno detalhe que eles vão descobrir com o passar da trama, é que eles são a caça.
Com muitas cenas de aventura e suspense, o filme convence por criar um ambiente de mistérios, a medida que vai se desenrolando eles vão sendo revelados, o bacana é que não tem nada a ver com espiritismo ou sobrenatural, ao contrário, como sempre imaginamos, existe vida em outro planeta, e o mais importante eles são caçadores, tem habilidades impressionantes e o que mais os aguçam é o momento da caçada, a fragilidade dos humanos, os medos, os sentimentos, isso os atiça ainda mais, parecendo um grande jogo, nele vai sobreviver quem tiver mais sorte e fizer as escolhas certas.
Filme pipoca bem feitinho, com um clima tenso e intrigante, boa visibilidade para Alice Braga que se destaca e mostra força e fluência no Inglês, classifico com 3 estrelas, e se você tem o coração fraco, se prepare para fortes emoções!

Uma deliciosa historinha boba para crianças, com um grande diferencial em outras animações, não temos mocinho, temos dois vilões atrapalhados que protagonizam a história, é claro que um deles vai conseguir a redenção de seu personagem. Logo na primeira cena conhecemos o primeiro vilão Gru, assustadoramente engraçado, no cinema sua primeira cena já dá o tom do que vai acontecer, o título nos deixa surpreso, intriga por que ele é o Malvado Favorito?
A sinopse traz Gru (narrado por Leandro Hassum) um vilão e planeja roubar a Lua, mas não consegue porque três meninas órfãs veem nele a figura de um pai. Diante disso, Gru fica dividido entre roubar a Lua e abandonar as pequenas ou ficar com elas e desistir dos seus planos, para dificultar ainda mais tem em Vector (narrado por Marcius Melhem) seu maior rival, que acabara de roubar uma das pirâmides do Egito, rs!
Sinceramente é um filme para crianças, eu me diverti a valer, o filme é fofinho, com as três menininhas que o malvado adota, Margo, Edith e Agnes, destaque para a última que é lindinha, a sequencia dela pedindo pra ele ir a sua apresentação de balé é de cortar o coração, uma gracinha quando ela pede "por favorzinho", coisas de criança. Leve seus filhos, ou vá você mesmo reavivar a criança que existe em você.
Classifico com 3 e 1/2 estrelas, pura diversão!

Chegou a hora de falarmos sério, um filme polêmico que traz a tona assuntos que dificilmente as famílias brasileiras discutem, a organização do crime culminando na criação da então falange vermelha que depois iria se chamar comando vermelho.
O filme tem uma boa ideia, conta com atores novatos, encabeçando o elenco temos Daniel de Oliveira e Daniela Escobar, mas confesso que a montagem do filme é confusa, eles ficam indo e voltando no tempo meio que sem uma lógica ou dinâmica própria, dificultando o entendimento, até por que, é utilizado muitas gírias da época, muitas eu não conhecia, galera com mais de 35 anos pode ser que relembre seus tempos, mas no caso dos mais novos é mais complicado. Mas, isso não diminui o êxito do filme, que mostra que desde de 70 ou 80 a nossa política, polícia eram despreparadas, primeiro os políticos resolvem colocar juntos presos políticos (muitos deles graduados) com presos comuns (ladrões de rua), o que resulta num grande aprendizado dos ladrões, que entendem certos mecanismos lendo livros resolvendo se organizar, depois com a polícia, assim como no "caso 174", mostrando total despreparo, em 12 horas de ação, deslocam 400 homens para abater UM, apenas um homem, a cidade parou...
O ponto negativo deste filme é uma certa apologia ao crime, vamos dizer assim, deve se ter muito cuidado ao apresentar este filme aos jovens, papel de pais e professores que devem trabalhar este assunto, já que fica a impressão de que os bandidos e o comando foram importantes para o fortalecimento de nossa democracia, e não é bem assim que a banda toca.
Quero ressaltar toda a reconstrução de época do filme, muito difícil reviver a década de 70 e 80 da zona sul e norte do Rio, pois nada mais se parece com antigamente, e eles conseguem inclusive, numa cena em que Daniel de Oliveira aparece de sunga, é uma sunga caraterística da época, com tomadas inteligentes e trilha sonora apropriada, nos faz embarcar na época tão dançante, tão fervilhante que foram os anos 70 e 80. Classifico esse bom filme brasileiro com 3 estrelas, por sua coragem e seu tema inovador.

Essa foi minha aventura desta semana, em breve trago mais novidades, afinal o cinema tende a aquecer com o fim das férias e o período pré-oscar!

Wagner Robert

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