7 de agosto de 2010

A Origem


Sabe aquele filme que te leva a megulhar quase que literalmente para dentro dele? Essa foi a maior experiência que A Origem (Inception) me proporcionou durante os seus 148 minutos de pura adrenalina, emoção e tensão. Christopher Nolan, o aclamado diretor de Amnésia e O Cavaleiro das Trevas, se firma como um diretor visionário nesta aventura tão intrigante quanto fantástica.

O longa traz a história de Don Cobb (Leonardo DiCaprio), um sujeito que adquiriu a incrível habilidade de "extrair" idéias e segredos da mente. Não por persuasões como normalmente nós tentamos fazer, mas adentrando na mente das pessoas quando estas se encontram em seu momento mais vulnerável, quando estão dormindo. Basta dizer que Cobb é, por um misterioso motivo, caçado pela polícia e que recebe uma desafiadora oferta de, ao invés de extrair, implantar uma idéia na mente de um homem a mando de um poderoso empresário, podendo ter em troca a liberdade que almeja. Daí em diante é melhor não contar mais nada para não estragar o enredo da trama


DiCaprio está perfeito, aliás, seu personagem lembra muito o seu detetive de Ilha do Medo. Definitivamente este é o ano dele. Ainda que ele não venha a ser coroado com um oscar, pois sabemos que a academia não tem simpatia por gêneros do tipo, ele se confirma como um ator de peso (tanto financeiramenete devido aos lucros que este tem gerado quanto principalmente pela qualidade de suas atuações), um ator completo. Quero ressaltar também a qualidade do elenco como um todo, muito bem escolhido. Adorei ver Marion Cotillard (Piaf) como a misteriosa esposa do protagonista, Joseph Gordon-Levitt (500 dias com ela, olha ele aí de novo!) como o braço direito de Cobb, até Michael Caine com um papel pequeniníssimo consegue marcar presença, mas digamos, com tudo isso, a grande atração de A Origem certamente é o seu roteiro e o seu delirante visual.

Nolan conseguiu o que Hollywood teima em errar: Fazer a junção de uma ótima história
com excelentes efeitos especiais. Em nenhum momento, mesmo com todo o absurdo da trama, o filme soa inverossímel. O diretor consegue fazer o público acreditar nos personagens e em suas lutas mesmo em meio a visuais surreais em situações mais surreais ainda, tendo a liberdade de ser criativo, pois o pano de fundo da trama se encontra em meio a sonhos e até mesmo em sonhos dentro de sonhos, uma loucura genial!

Assim que acabou a projeção, quis voltar e assistí-lo outra vez. A tempos isso não acontecia comigo. Usando da própria temática da obra, este filme é um sonho. Pena que tive que acordar. Candidato a filme do ano pra mim. É claro que as comparações com Matrix e com o própio Amnésia de Nolan são inevitáveis, mas todas desaparecem quando somos submergidos para este mundo de sonhos e lembranças.

Atribuo à obra 5 estrelas com louvor!!!

Marcus Lyra

2 comentários:

  1. Realmente um filme incrivelmente fantástico... e dificilmente perderá o título de filme do ano!

    Só achei muito ruim a tradução do título do filme... poderia ter sido traduzida ao pé da letra sem o menor problema!

    Destaque pro que foi considerado a maior audácia da história do cinema, a luta no corredor, que foi gravada de verdade em um corredor que girava e que depois perdia a sua gravidade!

    Alguns filmes estão sendo refilmados depois que INCEPTION estreou!!hehehe, dentre eles X-MAN: FIRST CLASS, aonde o roteiro teve que ser refeito pois tinha, adivinha... luta em corredores que se destorciam!!!heheheh

    Num tem como dar, sei lá, 20 estrelas não???heheheh

    Abraços

    ResponderExcluir
  2. Cara, bem lembrado! A cena em que no 2º nível do sono fica sem gravidade é sensacional!!! não sabia que realmente ali utilzaram da falta de gravidade...também, com o realismo da cena só podia ser...

    Essa cena vai marcar o cinema, assim como as de Matrix!

    O filme é sensacional mesmo..acho que vou até escrever mais do filme kkkkk

    Um Abraço!!!

    ResponderExcluir